Comemorar Abril, é recordar os Jovens Capitães e os seus homens naquela madrugada em que muitos sentiram pela primeira vez o ar fresco da liberdade. É recordar os milhares de homens e mulheres de todas as idades a invadir de alegria as ruas de Norte a Sul. É recordar cada minuto, cada hora, cada dia que se seguiram.
Recordar Abril, é recordar as canções do Zeca Afonso ou do Adriano Correia de Oliveira ou os poemas de Ary dos Santos e Manuel da Fonseca( entre muitos outros ) . É recordar o fim da censura, o direito de reunião, de manifestação e de livre associação.
Festejar Abril, é viver o pluripartidarismo, o direito a voto e as eleições de todos os órgãos políticos, como pilares da democracia representativa e a participação de milhares de cidadãos ligados ao movimento associativo popular que contribuíram e contribuem com a sua experiência de democracia associativa, particularmente no Poder Local Democrático. É ver consagrado na Constituição da República, um Estado com preocupações sociais na saúde, no ensino, na justiça, na segurança social - uma sociedade solidária - mas também uma economia mista onde há lugar à iniciativa privada, ao cooperativismo, à economia do Estado como garante dos bens públicos e regulador da economia. (…)Extrato c_MAP
ABRIL, por gente mil
Vinte e cinco de ABRIL,
fez-se alvorada!
Num ímpeto se levantaram fardas.
Soldados, Capitães e outros mais
vieram de espingardas,
com balas contra os tais
as armas não usaram.
Era manhã, cravos as decoraram
em massa imensa
O amanhecer chegou
ultrapassando crises e atormenta
Não vacilara o Povo, generoso,
Úbere, impetuoso.
…Gente num passado pereceu
Aqui, aquém e Além-mar.
noutros tempos de breu,
Ligações -Revolução dos CRAVOS
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