NOTAS DE UM SEMINÁRIO
Realizou-se ontem em Lisboa, na Fundação Cidade de Lisboa e promovido pela Comissão Nacional Justiça e Paz um seminário sobre “ UM SINDICALISMO RENOVADO PARA ENFRENTAR A GLOBALIZAÇÃO"
Estiveram presentes o Prof: Mário Murteira; O Prof: Júlio Gomes; A Prof ª Maria da Paz Lima; O Dr. Paulo Pedroso; os sindicalistas Ulisses Garrido ; Mª. Helena André ; João Proença e Manuel Carvalho da Silva .
A Dr.ª Manuela Silva, presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, abriu o seminário e ao longo do dia , a intervenção e o debate transmitiu-nos que entre muitas das intervenções ao longo dos trabalhos foi verificado que vivemos um tempo de liberdade sindical condicionada estamos confrontados com um estado pouco amigo dos trabalhadores e com governos muito amigos do mercado.
Existe de facto uma nova economia do trabalho.
Vive-se um momento de ataques aos sindicatos e aos dirigentes sindicais e este paradigma de politica neo - liberal está diariamente a produzir retrocessos no campo social.
O sindicalismo está em mudança, ao ponto de um grupo de trabalhadores fazendo-se accionista da empresa poder ser usado como arma para defesa dos interesses dos trabalhadores… O sindicalismo é e pode ser mais rigoroso . Já não usa do “bota- baixismo”, usa a inteligência para fazer sonhar e acreditar.
" Reconhece-se que a mão de obra activa, incluindo os aposentados, são a maior riqueza dos países. Não é o capital- moeda, nem mesmo até os recursos energéticos. São as pessoas, os trabalhadores, o grande valor das sociedades."
A Empresa, actual é redutora na realização pessoal do indivíduo e da família. Escraviza, controla e manipula.É necessário exigir uma responsabilidade social às empresas. É preciso assumir interrogações éticas!
O hedonismo, o individualismo fez carreira e no geral os meios de comunicação social (a soldo dos meios económico - financeiros) bombardeiam o cidadão diariamente com estes contra valores para levar o trabalhador a ser só por si e os outros que se amanhem.
Governos e patronato incentivam ao contrato individual de trabalho, à destruição do colectivo de trabalhadores, mas o empresariado organiza-se em Agências, Confederações Uniões e tudo o que mais der para sacar fundos e reduzir a cota de impostos
Mais! Diz-se que os sindicatos não são necessários, a contratação colectiva é um entrave ao desenvolvimento e à produtividade mas a verdade é que muitos dos empresários portugueses e não só, são profissionalmente incapazes, irresponsáveis, e de duvidosa inteligência.
Conclusão: A excelência, passa por sindicatos de uma nova utopia e empresas e empresários mais amigos dos seus colaboradores.
A economia actual está errada. É uma economia TERRORISTA, manieta e atrofia os trabalhadores do conhecimento, mas quer queiram quer não a resposta é só uma. O SER HUMANO NÃO SERÁ um mero ESCRAVO DO VALOR DO DINHEIRO…
José da Costa Velho
1 comentário:
Parece que essas “teoria do individualismo” estão a nos conduzir ao abismo. A liberdade do individualismo, de que todas as pessoas são diferentes, nos conduzi à velha luta da selecção natural, onde só os mais aptos sobrevivem. Pois é, vivemos numa selva urbana, onde impera a lei do mais forte e da competição permanente. O mais forte quer comer os mais fracos. Pois se, não conseguir comer esses será comido por outro ainda maior.
Já vimos o que realmente isso significa… Apenas a união, a defesa por interesses mútuos podem fazer com que o indivíduo seja tratado com um ser Humano. Quanto mais isolada uma pessoa estiver mais será explorada. É um facto…
A economia deve ter como função a satisfação do ser Humano como um todo… Assim, com este sistema nos estamos a afastar.
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