10/01/2008

AEROPORTO Internacional de Lisboa – Onde ???

Lembrar o Passado!

[Publicado no Jornal “O Almonda “ em 5 de Março de 1999

“ FARAMALHA EFÉMERA”

José Velho

Os jornais regionais raramente abordam assuntos de política nacional. Porque será?

A linha editorial desses mesmos jornais, está subordinada às conveniências dos poderes locais instituídos que lhe impõem determinados métodos de comunicação?

Onde há perguntas pode haver respostas!

Segundo alguns projectos de institutos especializados, Portugal será a vítima principal da Agenda 2000, esse pacote financeiro de fundos estruturais comunitários que a vingar a proposta da Comissão Europeia, coloca em iminente exclusão a esses fundos a Região de Lisboa e Vale do Tejo em que nos inserimos.

A quebra de 13 mil milhões de Euros relativos ao nosso país, vai ser deveras negativa para uma região como a nossa (Norte da Região de Lisboa e Vale do Tejo) sumamente carenciada. O PSD, e através de João de Deus Pinheiro, é um dos responsáveis deste possível desfecho, mas o PS e o Governo Socialista, não devem lavar simplesmente as mãos, cabendo à comunicação social ribatejana aprofundar o debate, sabendo-se ela capaz e actuante e não uma entidade demitida.

A acentuada deslocação de fundos estruturais para os países de leste, candidatos ao alargamento da Comunidade Europeia, virá a agravar a situação desta nossa região agrícola. Na região Templária, se andarmos virados de costas ao fundo e apenas a pensar nas suas potencialidades turísticas e culturais, o desenvolvimento rural estagnará, quando esse desenvolvimento deve ser feito na intenção de favorecer a produção de produtos de qualidade nas áreas de agricultura da nossa região, promovendo iniciativas na área da agricultura biológica e da pecuária selectiva e controlada. Também as áreas frutícolas devem ser repensadas e organizadas, procurando manter agarrados à terra um conjunto de quadros qualificados com visão de futuro.

A fileira florestal que nos circunda é um manancial de riqueza, por isso, não nos devemos hipotecar a Bruxelas, por falta de visão Agro-Químico-Pecuária, e se houver políticos não merecedores do lugar que ocupam, devemos penalizá-los no futuro acto eleitoral no mês de Junho.

A nossa região não necessita de grandes acessibilidades numa acção prioritária, mas sim, de fixação de residentes. A verificar-se o grande número de hectares sub-aproveitados, no Ribatejo Norte ou na Lezíria, e a falta de uma intervenção eficiente nesta área, esta terra cairá num contínuo abandono e, desta maneira, toda uma população perderá.

O Aeroporto Internacional que pode muito bem ser na OTA, não teve até hoje individualidades da região extremamente empenhadas para a sua concretização. Tão grande evento passa por grupos de interesses. Se há interesses que sejam postos ao serviço das comunidades e nunca ao cuidado de apenas uns poucos, nem sequer a recato de clientelas partidárias.

Deve a comunicação social regional promover acções e questionar os parlamentares eleitos pelo distrito. Responsabilizá-los por acções a desenvolver, divulgar as suas preocupações sobre os assuntos, não se querendo apenas fotografias. Queiram-se palavras, relatórios, projectos, regulamentos, petições, sei lá, um mundo de documentos ao serviço do Ribatejo e dos ribatejanos.

Não basta ao país, em Junho, enviar para o Parlamento Europeu 25 cidadãos de quatro famílias políticas partidárias, PS; PSD; PCP/ PEV; CDS/PP.

É necessário e desejável criar no Ribatejo um grupo de pressão. Ou será que já não há forcados de cara neste espaço tido como lugar de garbo e valentia.

Talvez haja, e tudo o que dizemos não passe da prosápia sem fundamento.

Olhar o presente !

Hoje, 10 de JANEIRO de 2008, foi anunciada a provável construção do Aeroporto em Alcochete. O primeiro-ministro, PS - José Sócrates, indicou que se trata de uma “decisão preliminar” e que “só deve ser definitiva quando houver uma consulta pública”.

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