25/06/2010

Consideração pelo presidente do Brasil Inácio Lula da silva

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LULA - Aquele que não entende nada de nada!

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; e que também não entende de economia; pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos (14 universidades públicas e estendeu mais de 40 campi), e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade (meio milhão de bolsas para pobres em escolas particulares).

Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 291 dólares (valores de Janeiro de 2010), e não quebrou a previdência como disse FHC que ele faria.

Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o "PIG-Partido da Imprensa Golpista", que entende de tudo, diga que não.

Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis (maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta).

Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8 e "criou" o G-20.

Lula, que não entende de política externa nem de
conciliação, pois foi sindicalista brucutu; mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.

Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo Tribunal (desmoralizado por brancos) e uma mulher no cargo de primeira ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora.
Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.

Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC; antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir; hoje o PAC é um amortecedor da crise.

Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre (como também na linha branca de eletrodomésticos).

Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais; é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual (o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News Week, Financial Times e outros...).

Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um "brucutu", já tinha empatia e relação direta com George Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Barack Obama.

Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador;... é amigo do tal John Sweeny (presidente da AFL-CIO - American Federation Labor-Central Industrial Congress - a central de trabalhadores dos Estados Unidos, que lá sim, é única...) e entra na Casa Branca com credencial de negociador e fala direto com o Tio Sam lá, nos "States".

Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa é autor da (maior) mudança geopolítica das Américas (na História).

Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.

Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas; faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.

Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.

Lula, que não entende nada de nada;.. é bem melhor que todos os outros!



"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos."

SARAMAGO, José. Ensaio sobre a cegueira. São Paulo: Cia das Letras, 1995. p. 262
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Pedro Lima |
Economista e professor de economia da UFRJ

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