A fábrica de confecções Dergui, em Paul, Covilhã, encerrou e deixou no desemprego e sem subsídios de Natal 53 trabalhadoras. A unidade têxtil chegou a laborar com mais de 250 trabalhadores, mas foi despedindo pessoal através de sucessivas reestruturações.
“Não estávamos à espera. Não podem dizer que não havia encomendas, porque nós não parámos um dia, havia sempre trabalho. Eu já trabalhava aqui à 14 anos, o que é metade da minha vida. Nem tiveram a decência de nos entregar os documentos para enviarmos ao centro de emprego. Foi o sindicato que os arranjou. Na verdade, nós nem conhecíamos o dono, nunca soubemos quem era, só conhecíamos a delegada comercial.”
"SÓ UM EMPREGO E PRECÁRIO" Paulo Carneiro, 30 anos, Lisboa
“Terminei a licenciatura em Ciências da Comunicação há dois anos e até agora só consegui arranjar um emprego, precário e a recibos verdes, que durou pouco mais de um ano. Tratava-se de um serviço administrativo sem qualquer relação com aquilo que andei a estudar nos últimos quatro anos. Já tinha trabalhado antes de ir para a faculdade, mas decidi continuar os estudos para me especializar e para ganhar mais dinheiro. Afinal foi um contra-senso: tirei o curso e estou no desemprego.”
“Tirei o curso de Física e Química mas nunca fui colocado como professor. Ao fim de um ano e meio consegui emprego num hipermercado, mas depois de seis meses de trabalho não me renovaram o contrato e fui para o desemprego sem ter direito a subsídio.
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POR INDICADORES / 3.º TRIMESTRE / VARIAÇÃO HOMÓLOGA (em relação ao ano passado)
População desempregada / 444,4 / 6,5%
Homens / 197,6 / 6,8%
Mulheres / 246,8 / 6,2%
Dos 15 aos 24 anos / 83,5 / -8,9%
Dos 25 aos 34 anos / 137,0 / 3,7%
Dos 35 aos 44 anos / 97,4 / 14,9%
Com 45 anos ou mais / 126,5 / 16,3%
Fontes:- : INE / Correio da manhã
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