
NÃO ME GUARDO
Não me guardo com Deus nem com demónios
e faço as divindades dos meus sonhos heterónimos.
Não me atormento na conjura da viagem,
na míngua do desterro,
na aridez da paisagem.
Vou-me num sentimento de fausto e enganado
por histórias, aventuras,
primores e temores ,
calculados do passado .
Ajusto à vida os malefícios
que lhe estão associados.
e contra as ilusões
enleio, exaustivas explicações .

INVENTAM-SE ALEGRIAS
O luar dos poetas, domina sobre a treva
O sorriso da criança desmorona a vaidade
O olhar dos amantes é sempre luminoso
O Grito e a algazarra torna o monte poroso
A alegria do homem reanima a cidade
O odor da mulher recria nova era
O canto da andorinha ...
Anuncia Primavera!
José Da Costa Velho